O rover Perseverance da NASA concluiu uma subida de 3,5 meses e alcançou o topo do limite da cratera Jezero em Marte.
Durante essa jornada, o explorador de seis rodas subiu 500 metros verticais, atravessando alguns dos terrenos mais difíceis ao redor do seu ponto de pouso.
Recentemente, o veículo enviou duas imagens do que a equipe científica do rover denomina ‘montanha de observação’.Desde sua aterrissagem na cratera Jezero em fevereiro de 2021, o Perseverance completou quatro campanhas científicas – ‘Piso da Cratera’, ‘Frente do Leque’, ‘Leque Superior’ e ‘Unidade da Margem’ – todas nomeadas de acordo com as localizações em seu ponto de pouso.
O rover coletou amostras de rochas únicas de todas essas campanhas, que serão enviadas de volta à Terra para estudos na próxima década.A quinta campanha do rover, chamada ‘Margem Norte’, tem como objetivo a parte norte da seção sudoeste da borda da cratera Jezero.
Nela, o Perseverance percorrerá aproximadamente 6,4 quilômetros, coletando amostras de quatro locais de interesse geológico.
Ken Farley, cientista do projeto em Caltech, afirmou que essa campanha representa uma transição importante, explorando rochas que ajudam a entender a história antiga do planeta vermelho.As rochas na borda da cratera são consideradas representativas da história inicial da crosta de Marte.
Como algumas das rochas mais antigas do nosso sistema solar, elas podem fornecer informações valiosas sobre como o planeta vermelho e também a Terra poderiam ter sido no início de suas histórias.No futuro próximo, o Perseverance começará sua descida pelo outro lado da borda, denominando essa área de ‘Witch Hazel Hill’, um outeiro rochoso que se estende por 450 metros.
O rover também investigará uma região chamada ‘Lac de Charmes’, que acredita-se ter sido pouco afetada pela formação da cratera Jezero.A NASA está atenta ainda a um afloramento de grandes blocos conhecido como megabreccia, formado durante um evento de impacto significativo chamado impacto Isidis, que criou uma bacia de impacto com 1.200 km de largura há cerca de 3,9 bilhões de anos.Candice Bedford, cientista do Perseverance da Purdue University, mencionou que ao descer a colina, a equipe estará retrocedendo no tempo, explorando os antigos ambientes de Marte preservados na borda da cratera.A missão do Perseverance continua a empolgar cientistas enquanto ele se prepara para desbravar novas áreas de Marte e coletar dados que podem elucidar os mistérios do planeta e suas origens..
Fonte: In Mashable
