A NASA anunciou a descoberta oficial de sete objetos celestiais que, embora se assemelhem a asteroides, apresentam um comportamento que lembra o de cometas. A revelação foi feita em um post no blog do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) e os resultados foram publicados na revista Proceedings of the National Academy of Sciences no dia 9 de dezembro.
Esses fenômenos astronômicos foram batizados de “cometas escuros” e foram inicialmente identificados há cerca de dois anos. No entanto, as primeiras indicações sobre a existência desses objetos datam de um estudo realizado em março de 2016, quando um asteroide mostrou uma alteração inesperada em sua trajetória.

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De acordo com o líder do novo estudo, Davide Farnocchia, do JPL, “quando se observa esse tipo de perturbação em um objeto celestial, geralmente significa que é um cometa, devido à liberação de material volátil de sua superfície”. Curiosamente, o objeto inicialmente analisado, chamado 2003 RM, parecia um asteroide, aparecendo apenas como um ponto luminoso.
Em 2017, a detecção de ‘Oumuamua, o primeiro visitante interestelar, gerou grande interesse entre os astrônomos, pois ele também se comportou de forma semelhante: parecia um asteroide, mas se movia como um cometa. Desde então, os pesquisadores têm se concentrado na identificação de mais desses objetos.
Em 2023, a equipe da NASA conseguiu detectar um número suficiente de cometas escuros para entender melhor suas características. A análise revelou que existem duas categorias de cometas escuros: os cometas escuros externos e os internos. Os primeiros têm órbitas excêntricas, enquanto os segundos estão localizados mais próximos do Sol, na região dos planetas Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.
Os cometas escuros externos são tipicamente grandes, com diâmetros de centenas de metros ou mais, enquanto os internos são menores, medindo apenas dezenas de metros de diâmetro e apresentando órbitas circulares. O estudo desses objetos celestiais pode fornecer novas informações valiosas sobre a formação e evolução do nosso Sistema Solar.
À medida que a tecnologia melhora e os métodos de detecção se tornam mais sofisticados, a expectativa é que mais desses misteriosos cometas escuros sejam identificados, enriquecendo nosso conhecimento sobre o espaço que nos rodeia. A descoberta promete abrir novas portas para a pesquisa astronômica e a compreensão dos fenômenos cósmicos.