Nova teoria propõe que o universo passou por uma fase de contração antes do Big Bang, onde buracos negros primordiais poderiam ter se formado e, hoje, compor a matéria escura, um mistério que intriga cientistas há décadas
Uma nova teoria cosmológica sugere que o universo pode ter existido antes do Big Bang, passando por uma fase de contração antes da atual fase de expansão. Segundo um estudo recente, essa hipótese poderia explicar a origem da matéria escura, uma das maiores incógnitas da astrofísica moderna.
Pesquisadores propõem que a matéria escura, que compõe cerca de 80% de toda a matéria do universo, poderia ser composta por buracos negros primordiais formados durante essa fase de contração cósmica, ocorrida antes do Big Bang. Esses buracos negros teriam se originado a partir de flutuações de densidade no universo primitivo.
A teoria, publicada no Journal of Cosmology and Astroparticle Physics, sugere que o universo passou por uma contração até atingir um tamanho extremamente pequeno, cerca de 50 ordens de magnitude menor do que o que é observado hoje. Nesse ponto, a densidade da matéria teria aumentado a níveis críticos, levando à formação de pequenos buracos negros, que sobreviveriam até os dias atuais como candidatos a matéria escura.
Os cientistas acreditam que as ondas gravitacionais geradas durante a formação desses buracos negros podem ser detectadas por observatórios de ondas gravitacionais de próxima geração, como o LISA (Laser Interferometer Space Antenna) e o Telescópio Einstein. Essas observações poderiam fornecer evidências cruciais para confirmar essa teoria.
Se confirmada, essa teoria pode revolucionar nossa compreensão sobre o universo e a matéria escura, oferecendo uma nova perspectiva sobre a origem e evolução do cosmos. Contudo, pode levar mais de uma década até que as tecnologias necessárias estejam prontas para testar essas hipóteses.