Exército Brasileiro lança míssil 100% nacional e coloca a América do Sul no mapa das potências militares, com tecnologia de precisão inédita
Brasil surpreende o setor militar ao revelar um míssil de alta precisão e engenharia digna das forças armadas mais poderosas do planeta
Exército Brasileiro lança míssil 100% nacional e coloca a América do Sul no mapa das potências militares, com tecnologia de precisão inédita
Brasil surpreende o setor militar ao revelar um míssil de alta precisão e engenharia digna das forças armadas mais poderosas do planeta

Quando falamos de defesa e autonomia militar no Brasil, poucas armas ganham tanto destaque quanto o míssil. E agora, o sistema antitanque MAX 1.2 AC está pronto para assumir o protagonismo no arsenal do Exército Brasileiro. Com concepção 100 % nacional, testes já realizados e contrato formalizado, o Brasil dá mais um passo firme em sua estratégia de soberania industrial e tecnológica.
O que é o MAX 1.2 AC?
O sistema MAX 1.2 AC trata-se de um míssil antitanque do tipo superfície-superfície, composto por um tubo de lançamento encapsulado e uma unidade de disparo portátil, projetado para engajar alvos blindados com alta precisão. Ele foi testado e avaliado pelo Centro de Avaliações do Exército (CAEx) e homologado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do Exército, em conformidade com os requisitos técnicos exigidos pelo Exército Brasileiro.
Em julho de 2025, o Exército adotou oficialmente o míssil, que passa a ser considerado o principal sistema de armas nacional de emprego contra alvos blindados.
Por que esse armamento é estratégico para o Brasil?
Para o Brasil, fabricar internamente um míssil complexo como esse significa reforçar a sua Base Industrial de Defesa, ganhar autonomia em engenharia militar e melhorar a capacidade de dissuasão das Forças Armadas. Conforme destacado:
“…o míssil possui importância estratégica por representar um produto de defesa de concepção e fabricação integralmente nacional, contribuindo para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa, para a autonomia tecnológica e para o incremento da capacidade dissuasória do Exército Brasileiro.”
Além disso, segundo especialistas, o uso de veículos leves 4×4 armados com mísseis anticarro pode oferecer alto custo-benefício frente a blindados tradicionais, sobretudo em termos de manutenção e mobilidade aérea.
A trajetória do projeto e o papel da indústria nacional
O desenvolvimento do MAX 1.2 AC remonta a uma fase inicial conduzida por diferentes empresas brasileiras, com participação direta do Exército desde o início. Quando a empresa brasileira Mectron enfrentou crise financeira em 2017, a empresa SIATT, formada por pesquisadores e muitos dos dirigentes da Mectron, assumiu o programa.
Hoje a SIATT, que tem participação acionária do grupo estrangeiro EDGE Group (Emirados Árabes Unidos) desde 2023, concentra a produção do míssil no Brasil.
Em fevereiro de 2025, a SIATT e o Exército Brasileiro formalizaram contrato para a produção em série do lote do sistema MAX 1.2 AC, selando o compromisso industrial.

Testes recentes e operação inicial
Entre os dias 21 e 24 de outubro de 2025, no CAEx no Rio de Janeiro, foi realizada uma atividade de tiro com o sistema MAX 1.2 AC envolvendo a SIATT e o Centro Tecnológico do Exército (CTEx). O ensaio teve como objetivo qualificar fornecedores de componentes e subsistemas e comprovar a manutenção do desempenho diante da integração de materiais de origens distintas.
No dia 24 de outubro, a 1ª Tenente Beatriz Luberiaga Bezerra (Engenheira Militar da Seção de Mísseis e Foguetes do CTEx) realizou um lançamento real com o míssil, sendo a primeira mulher no Exército Brasileiro a fazê-lo.
Também já foi noticiado que o sistema foi empregado em exercício militar da Marinha em setembro de 2025, no âmbito da Operação Atlas, o que evidencia sua integração operacional nas Forças Armadas.
Comparativo com armamentos anteriores
O Exército já possuía armas anticarro, como canhões sem recuo (“bazucas”), mas sua eficácia e alcance eram limitados. Como lembra o especialista Marcos Barbieri:
“…as bazucas ‘têm um alcance de 600 metros no máximo e têm uma precisão relativamente não muito elevada’”.
“…os mísseis possuem ‘capacidade de atingir um alvo com uma grande precisão e um alcance maior’”.
A chegada do MAX 1.2 AC amplia significativamente essa capacidade, trazendo sistemas guiados mais modernos, maior alcance e precisão, em linha com os requisitos da engenharia militar contemporânea.
Um passo à frente para a indústria de defesa brasileira
Segundo o pesquisador José Augusto Zague, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), a produção nacional desse tipo de armamento representa a vitória de uma estratégia traçada pela própria política de defesa do país (a Estratégia Nacional de Defesa – END). Fabricar o míssil no Brasil diminui dependência de compras externas e fortalece o ecossistema de fornecedores nacionais.
Assim, a engenharia brasileira dá mais um passo rumo à maturidade tecnológica e ao protagonismo na indústria de defesa.
Fonte: www.sociedademilitar.com.br