Crescimento do poder naval da China como os porta-aviões chineses ameaçam o domínio do Pacífico

Com uma frota crescente de porta-aviões e sistemas de negação de acesso, a China redefine a guerra naval no Indo-Pacífico, desafiando a influência americana e fortalecendo sua presença na região

A Marinha do Exército de Libertação Popular (PLAN) da China está ampliando rapidamente sua frota de porta-aviões, com três embarcações já em serviço e uma quarta em fase de planejamento, que, segundo rumores, será movida a energia nuclear. Essa expansão estratégica, no entanto, não segue o modelo tradicional ocidental, onde os porta-aviões são a peça central do poder naval.

Em vez disso, a China aposta em sistemas avançados de anti-acesso/negação de área (A2/AD) para proteger seus ativos navais, permitindo que seus porta-aviões operem livremente dentro da Primeira Cadeia de Ilhas no Indo-Pacífico. Essa abordagem visa projetar poder na região enquanto mantém as forças navais dos Estados Unidos à distância, especialmente em cenários envolvendo Taiwan ou outros conflitos regionais.

A estratégia da China se concentra em dominar a Primeira Cadeia de Ilhas, que se estende do Japão até as Filipinas, passando por Taiwan. Com o uso de sistemas A2/AD, Pequim busca criar uma bolha impenetrável que proteja suas forças militares de possíveis retaliações americanas, garantindo liberdade de ação para seus porta-aviões em um ambiente seguro.

Diferente da Marinha dos Estados Unidos, onde os porta-aviões são o eixo central da projeção de poder, a China os considera elementos auxiliares dentro de uma estratégia mais ampla. A peça-chave dessa estratégia é a capacidade defensiva oferecida pelos sistemas A2/AD, que visam manter as principais forças navais americanas afastadas e permitir que a China expanda sua influência na região sem grandes obstáculos.

O crescimento da frota de porta-aviões chineses e o desenvolvimento de suas capacidades A2/AD representam um desafio significativo à hegemonia dos Estados Unidos no Indo-Pacífico, sinalizando uma mudança importante no equilíbrio de poder na região.

Fonte: nationalinterest.org