A China avança na concorrência com os Estados Unidos e a Rússia no mercado de armas global, utilizando o caça J-10 como trunfo. A venda da aeronave para o Paquistão fortalece sua influência no Sul da Ásia e adiciona uma camada estratégica nas disputas regionais.
A China está investindo fortemente para competir com os Estados Unidos e a Rússia no mercado global de armas, e um dos principais destaques de sua estratégia é o caça J-10. Desenvolvido pela Chengdu Aircraft Industry Group, o J-10, conhecido como “Dragão Vigoroso”, é um caça multifuncional de quarta geração que já passou por diversas atualizações tecnológicas desde seu lançamento em 2006.
Com melhorias significativas em seus sistemas de aviônica e guerra eletrônica, o J-10C, última versão do caça, oferece alta manobrabilidade e capacidades de combate aprimoradas, tornando-se um adversário competitivo no mercado. Entre suas características, estão o radar de varredura eletrônica ativa (AESA) e a capacidade de ataque “off-boresight”, que permite ao piloto mirar em alvos apenas com o movimento da cabeça.
O Paquistão, aliado estratégico da China, já adquiriu a versão mais recente do J-10, fortalecendo a influência geopolítica de Pequim na região do Sul da Ásia. Essa parceria também amplia o poder de projeção da China em áreas como o Afeganistão, crucial para seus interesses econômicos e políticos.
Além de reforçar a cooperação militar entre China e Paquistão, a presença do J-10 nas forças paquistanesas complica ainda mais a estratégia da Índia, país vizinho e rival de ambos. Com esses avanços, Pequim está a um passo de consolidar sua presença no lucrativo mercado de exportação de armas.
O J-10 é uma aposta clara de Pequim para competir diretamente com as ofertas norte-americanas e russas, buscando dominar o mercado de defesa em países em desenvolvimento. As informações são do National Interest.